O transtorno obsessivo-compulsivo tem uma característica que chamamos de subclínica. Ou seja, existem muitas pessoas que sofrem de sintomas do quadro e que nunca foram diagnosticadas ou procuraram algum auxilio de saúde mental. Na média, as pessoas que possuem esse tipo de sofrimento só conseguem chegar a um profissional adequado depois dos 30 anos de idade.
A prevalência
Atualmente considera-se que cerca de 2% a 3% da população sofre ou sofrerá de TOC, no brasil, esse numero pode chegar a 6 milhões de pessoas.
O TOC é um transtorno bem comum, ele basicamente só é menos comum que a depressão, transtornos ansiosos e a dependência ao álcool. Sendo assim, ele é o quarto quadro mais comum quando nos referimos a saúde mental, tendo uma frequência mais alta que esquizofrenia e autismo.
Falta popularização do transtorno
O fato de ser menos popular e até estereotipado, atrapalha que pessoas busquem o auxilio profissional, além disso por envolver temas delicados acarreta em um grande número de pessoas que ficam no estado subclínica. Ou seja, indivíduos apresentam o transtorno mas nunca foi contabilizado pois nunca houve busca de tratamento, é como se o transtorno naquela pessoa não existisse para as estatísticas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) catalogou que o transtorno obsessivo-compulsivo está dentre as 10 doenças mais impactantes na qualidade de vida. Ademais, é estimado que após os primeiros impactos provocados pelo TOC, em média as pessoas procuram ajuda profissional somente 10 anos depois.
No mais, não a diferenças significativas com relação a gênero. Ou seja, a quantidade de homens com TOC equivale a quantidade de mulheres com o mesmo quadro. Nesse sentido, os primeiros sintomas iniciam na adolescência, atingem o pico na adultez e pode afetar a vida da pessoa em todos os contextos durante sua vida inteira.
Nesse sentido, é muito importante falarmos mais sobre o problema, a fim de fomentar para pessoas que precisam de suporte profissional, consigam encontra-lo.
A partir disso, podemos ajudar que pessoas tenham mais acesso a cuidados, possibilitando melhorias em sua saúde. Como também, é dessa forma, divulgando mais sobre o problema que lidaremos com o obstáculo de ser um quadro subclínico.
