Quando falamos de obsessões, ou de pensamentos repetitivos, nos referimos a temas que são aversivos a maioria das pessoas. Nesse sentido, os conteúdos obsessivos possuem temas como o medo irracional de se contaminar ou contrair alguma doença, essas são na verdade a campeã das obsessões referente a frequência.
Logo em seguida, temas referentes a riscos infundados ou até exagerados como “esqueci de trancar o carro”, ou “deixei o ferro de passar ligado ao sair de casa”, essas são as vice-campeãs quando falamos em pensamentos repetitivos.
Em terceiro lugar, estão as obsessões relacionadas a padrões e simetrias, são essas responsáveis por estereotipar o quadro de transtorno obsessivo-compulsivo juntamente com as relacionadas a contaminação. Nesse sentido, essa categoria passa essa impressão de que alguém com TOC é uma pessoa exageradamente organizada. Porém, as obsessões e compulsões são bem mais amplas.
Em quarto lugar, estão as obsessões e compulsões relacionadas ao corpo, chamamos de transtorno dismórfico corporal. Nessa, os pensamentos e as ações são voltadas as temáticas sobre estética e estrutura física. Sendo comum envolver questões referentes a peso e emagrecimento.
E em último estão as temáticas envolvendo algum tipo de religiosidade, conteúdos impuros ou blasfemo, obsessões envolvendo sexo, além daqueles voltados a algum tipo de agressão ou violência, podendo haver combinações de temas também. Esta última, pode ser mais comum do que catalogada, visto que são assuntos mais delicados, onde os indivíduos podem nunca comunicar sobre isso e consequentemente jamais acessar algum tipo de tratamento profissional.
Não fazem sentido
As obsessões não fazem sentido mesmo, elas ocorrem com um tema que justamente a pessoa despreza e/ou abomina. Sendo assim, na literatura chamamos as obsessões de egodistônicas, ou seja, distantes do eu. Nesse sentido, o individuo não é o que os pensamentos involuntários dele apresenta. E uma das partes mais importantes do tratamento é justamente auxiliar o paciente a lidar com isso. Portanto, esse processo se chama de desfusão cognitiva, em que a pessoa não é o que pensamentos repetitivos exibem.
Tais pensamentos repetitivos, involuntários e aversivos, acabam proporcionando diverso comportamentos prejudiciais para a pessoa, desde as evitações a compulsões. Assim sendo, é possível que um portador de TOC torne sua vida muito restrita, evitando diversas experiências. Como também, há as compulsões, que são comportamentos exagerados, principalmente na frequência que vai desde lavar as mãos até sangrar até acumular diversos materiais sem utilidade.
Portanto, pensamentos bizarros são a origem das obsessões e quanto mais eles te afetam, mais atitudes você toma para neutraliza-los, iniciando um ciclo interminável do transtorno obsessivo-compulsivo. No mais, o que mais difere uma pessoa comum de uma com TOC, é a forma que ela se relaciona com seus pensamentos.