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Pensamentos Ruins

Pensamentos Desagradáveis

Esses pensamentos como outros podem se apresentar de formas diferentes, as pessoas podem pensar algo como “eu espancaria ele” ou é possível formar a imagem de uma cena referente a mesma frase. Pensamentos como esses são classificados como invasivos ou intrusivos.

Todos apresentam alguns desses pensamentos com certa frequência durante a vida. Porém, no geral as pessoas não falam sobre eles. Como também, eles passam, ou seja, não ficam se repetindo a todo momento. O que difere uma pessoa comum de alguém com TOC, é que pensamentos como esses não passam, eles ficam repetindo a todo momento.

Nesse sentido, 90% das pessoas admitem ter pensamentos invasivos que afetam elas, há vários deles, muitos referentes a temáticas de violência ou sexuais. Ou seja, pessoas comuns também apresentam obsessões em um certo nível.

As obsessões características do transtorno obsessivo-compulsivo são justamente opostas ao que a pessoa é ou gosta. Ou seja, as temáticas apresentadas vão ser justamente aquelas que mais te afetam.

Mas por que temos pensamentos assim?

Imagine que nossa mente é uma grande fabrica e a todo momento ela está produzindo, inclusive quando estamos dormindo. É natural que parte do material produzido da fábrica não seja o melhor ou o ideal. Inclusive ter pensamentos involuntários também podem ser úteis. Um artista por exemplo, pode ter ideias vindas dessa fabrica imparável. O musico Beethoven relatava que não sabia ao certo de onde vinha as ideias musicais dele, talvez porque parte delas vinham involuntariamente.

Em vista disso, ideias ruins, bizarras e horríveis chamam muito mais atenção do que bons pensamentos. Por exemplo, dentro dos pensamentos repetitivos é muito comum ideias de violência envolver pessoas vulneráveis, o que pode ser coerente pois o conceito de reação seria menos provável.

Essas ideias podem aparecer mediante a estímulos externos, como barulho, ou ao ver uma pessoa. Como também, é possível que a deixa seja interna, desde seu estado emocional atual até consequências de outros pensamentos, quase como uma reação em cadeia.

Além disso, temos algo bem popular, conhecido como “efeito urso-branco”. Isso se refere a uma pesquisa clássica sobre supressão de pensamentos. Nela, foi constatado que ao suprimir pensamentos, aumentamos a frequência deles. Portanto, não querer pensar em algo, faz você pensar mais ainda.

Pensar muito em algo pode atrapalhar no seu envolvimento ou desempenho.  Certa vez, um atleta foi orientado pelo seu técnico a contar  de trás para frente no seu percurso de esqui e seu desempenho melhorou. Anos depois esse atleta veio a se tornar psicólogo esportivo. Isso ocorreu pois a estratégia usada o ajudou a não pensar demais durante as provas.

A vista disso, além dos efeitos citados, os portadores de TOC  apresentam formas diferentes de tentar anular suas obsessões. E isso encadeia um ciclo grande, cada vez maior e mais intenso de pensamentos involuntários e ruins. Essa relação de tentativa de neutralização deixa os obsessivos cada vez mais impactados.

Ou seja, as compulsões, o recurso que os obsessivos buscam como forma de se aliviar  são grandes responsáveis pela piora e evolução do quadro.

 


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