TOC E A FAMÍLIA
Mas por que esse relação?
Na verdade há uma relação muito forte entre o TOC e a família de quem tem, principalmente na infância. Nesse sentido, o obsessivo devido aos seus pensamentos pode passar a emitir várias compulsões e evitações e nesse processo a família acaba sendo envolvida também. O nome desse fenômeno é Acomodação Familiar. E esse envolvimento negativo é extremamente prejudicial para ambos. Portanto, ao final o obsessivo acaba fazendo justamente o que piora seu quadro e com a ajuda da família.
Exemplo: um caso clássico de TOC relacionada a higiene. Uma criança tinha uma série de obsessões e compulsões referente a essa temática. Uma das compulsões que ele tinha é que ele deveria vestir sua roupa sem encostar na parte externa pois a sujaria e contaminaria e seu pai o ajudava a realizar esse ritual. Além disso, após urinar, a criança conferia e exigia que seu pai conferisse se sua roupa não tinha gotículas da urina.
Veja bem esse caso, a criança tinha TOC e acabou envolvendo o seu pai nas compulsões que aceitou o papel. Porém, tais comportamentos prejudicam a criança. Nesse sentido, haverá um agravamento do TOC, deixando o obsessivo cada vez mais restrito e cheio de compulsões.
Imagine esse exemplo que acabei dar, esses rituais além de agravar o caso fazia com que filho e pai ficassem muito tempo envolvidos nisso. E esse sistema iria deixar os sintomas mais fortes.
Mas o que a família deve fazer?
Na verdade, a melhor maneira de lhe dar com isso por parte da família é não realizar as acomodações as compulsões, como também não ser agressivo com o obsessivo, afinal ele ou ela precisa de apoio para lidar com isso.
Parece simples, mas não ir para nenhum dos extremos, acomodação ou hostilidade, é muito desafiador.
O melhor tratamento para o Transtorno Obsessivo-Compulsivo se chama Exposição e Prevenção de Resposta que seu maior princípio é justamente encontrar estratégia para que o paciente não emita as compulsões. Assim enfraquecendo as obsessões juntamente com outros processos.