Podemos dizer que há dois tipos de preocupações, as improdutivas e a produtivas. Ou seja, se preocupar não é necessariamente o problema, a coisa fica complicada quando as preocupações improdutivas tomam conta dos seus dias. Nesse sentido, é importante e até necessário ter preocupações úteis.
Além disso, existem maneiras de você se preocupar de maneira mais proveitosa. A primeira parte é entender que não existe o “não se preocupe com isso”, “não pense nisso”, esse tipo de raciocínio faz você pensar mais ainda no que você não quer, isso se chama efeito rebote.
Nessa perspectiva, o que verdadeiramente importa é o quanto de atenção você dá para determinada preocupação. Essa atenção, eu gosto de falar: o quanto de moral você dá para o pensamento x ou y. Portanto, há 3 princípios para te ajudar nesse processo:
a) Você precisa perceber quais preocupação são uteis e quais são inúteis. Quantos dos seus receios você consegue realmente fazer algo para lidar melhor com eles? Quantos não adianta pensar, não há o que fazer.
b) Mude as suas apreensões para planos de resolução.
c) Aprenda a tratar as preocupações improdutivas como se não fossem aflições.
A principio, se concentre nos 3 processos da preocupação produtiva:
1- Verifique se o problema é possível de ser solucionado.
2- Você consegue fazer algo referente a adversidade apresentada?
3- Busque a solução rápido. Não fique na ruminação.
Dentre os problemas envolvendo as suas preocupações, um dos principais é quando você alterna, ou seja, você estava lidando com um problema que tinha planos e projeção de resolução mas daí veio um outro improdutivo ocupando sua mente.
A partir disso, as principais característica do que puxou sua atenção são:
- Um problema sem resposta, solução ou que talvez nem seja um problema ainda, talvez seja um obstáculo para o seu eu do futuro, talvez isso nunca se concretize;
- O efeito borboleta, você começa a imaginar impactos que afetam outra coisa e mais outra e mais outra, acabe que há uma catástrofe processual hipotética em seus pensamentos;
- Em terceiro, você pensa que a sua solução não é a melhor, isso devido a busca de resoluções perfeitas mas elas não existem;
- “só vou conseguir resolver o problema estando muito preocupado”. Será mesmo? Será que você nunca resolveu adversidades de maneira um pouco mais tranquila?
- O controle é um problema. Na ânsia de se sentir melhor e de resolver seu obstáculo, você tenta controlar coisas, variáveis, as vezes situações incontroláveis. Porém, controlar não é solucionar e quando mais tentativa de controle mais angústias.
Essas são as principais características da preocupações que te ajudam a resolver situações e aquelas que só te atrapalha. Logo, lembre-se que essa questão envolve primordialmente a sua atenção.
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